Dia após dia, durante nove meses, o corpo materno construiu milhares e milhares de células para dar forma e vida a um bebê. Uma tarefa complicada e que não termina com o nascimento. De agora em diante, e durante muitos anos, o crescimento e o bem estar de seu filho dependem de você. Uma responsabilidade que os pais nos dias atuais podem enfrentar com muito mais serenidade e segurança, graças aos contínuos progressos da medicina, da psicologia e da ciência da nutrição. Como podemos cuidar para que nosso bebê cresça forte e em boa saúde, longe de doenças e outros distúrbios? A melhor resposta está em uma alimentação correta desde os primeiros dias de vida. É dos alimentos que o seu bebê pode receber todas as "matérias primas" que constroem as bases de um organismo saudável. Durante a gravidez, você certamente já aplicou este princípio optando por uma alimentação rica em sais minerais e vitaminas, evitando comer comidas gordurosas e açucares, dosando atentamente as proteínas e carboidratos. Agora, não resta que continuar. E mais uma vez, a natureza vem nos ajudar, oferecendo o alimento mais simples e perfeito de iniciar o nutrimento de seu bebê: o seu leite. Pediatras e nutricionistas são unânimes: não existe alimento melhor para um recém nascido que o leite materno. Não só porque contém todas as substâncias essênciais que garantem o seu crescimento como também garante importantes fatores protetivos que influenciam positivamente na saúde futura de seu filho.
Estudando a composição do leite materno, verificamos que ele é uma importante fonte de água, que constitue 87% de seu total, o que garante o equilíbrio hídrico do organismo do bebê. Em segundo lugar, o leite materno é uma excelente fonte de energia, fornecendo em média 700 calorias por litro. Outras substâncias nutritivas compõem o leite materno, como as proteinas (que são consideradas os "tijolos" usados pelo organismo no crescimento de céluclas e tecidos); os açucares (principalmente a lactose, responsável pelo desenvolvimento do cérebro humano, pela proteção contra germes e vírus, e pela absorção do cálcio fundamental para o crescimento ósseo da criança); as gorduras (que servem para o desenvolvimento das células do sistema nervoso); e as vitaminas e sais minerais (o leite materno apresenta uma quantidade suficiente de vitamina C, D e E, além de cálcio, fósforo e um pouco de ferro).
O leite materno é uma formidável fonte de defesa, fornecendo ao recém nascido um grande número de anticorpos, verdadeiros "guerreiros" prontos a defender o organismo do ataque de virus e bactérias. Em particular, as imunoglobulinas IgA, que protejem o aparelho intestinal e respiratório, os orgãos mais vulneráveis neste período, promovendo assim uma ação anti-alérgica. No leite, passam também os anticorpos que o organismo materno fabricou de acordo com as vacinações recebidas ou com as infecções espontâneas que a mãe superou antes da gravidez. Para reforçar ainda mais o leite materno, temos os glóbulos brancos, que no caso do colostro chega a conter um milhão por mililitro, e também as enzimas que agem indiretamente contra os germes.
96% das mães podem amamentar sem nenhum problema. Porém, o número de mulheres que desistem de amamentar após 4-6 semanas ainda é muito elevado. Isso se deve a dois motivos até certo ponto infundados: o primeiro é a dúvida que toda mãe tem em saber se o próprio leite é suficientemente nutritivo para o bebê. Este temor é muito normal, e esconde uma ansiedade da mulher pela responsabilidade de ser a única fonte nutritiva do próprio filho. O outro motivo é a preocupação em saber se ele come o necessário, e neste caso a melhor resposta está sob seus próprios olhos: é a cara de satisfação e saciedade de seu bebê... se ele não estivesse bem alimentado, estaria chorando e gritando de modo incontrolável. Outra dúvida frequente é até quando amamentar, e a resposta é muito simples: o maior tempo possível. Se a produção do leite continuar, não existe razão, a não ser de ordem prática, que a obrigue a parar de amamentar. A decisão é totalmente livre e pessoal, porém saiba que a partir do 6° mês, sempre sob o acompanhamento do pediatra, seu filho deverá iniciar a integrar a primeira alimentação sólida.
Todos são unânimes: o leite materno é o alimento perfeito, o melhor que um recém nascido pode receber. Pode acontecer, todavia, que apesar de toda a boa vontade e repetidas tentativas, a mãe não consiga produzir uma quantidade suficiente de leite. A vontade de mamar de seu filho será mais frequente, ele poderá diminuir o aumento de peso habitual, e inevitavelmente será necessário substituir o seio pela mamadeira. É normal que a mulher sinta de alguma forma um certo senso de culpa, mas é melhor não dramatizar... este modo alternativo de nutrir seu filho não privará nenhum de vocês do contato pele-pele, nem dos carinhos e atenções.
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